Publicações de 2021

  • Dissertação - Erika Ferreira Sanchez

    PERCEPÇÕES DAS PROFISSIONAIS DE SAÚDE A RESPEITO DA ATUAÇÃO DAS DOULAS NO EXTREMO SUL DO BRASIL

    Autor: ÉRIKA FERREIRA SANCHEZ (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Verificar a percepção dos profissionais de saúde sobre o acompanhamento das doulas no contexto de um hospital universitário. População alvo: Enfermeiras e médicos plantonistas do Centro Obstétrico do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr – HU-FURG, que atende exclusivamente ao SUS. Delineamento: Estudo de caso, descritivo e exploratório, com entrevistas semiestruturadas on-line e análise temática (Braun e Clarke). Processo amostral: Constituiu-se por um grupo de entrevistadas com o critério de ter, ao menos, um representante dos seguintes eixos de atuação: profissionais da medicina e profissionais de enfermagem. Para execução deste trabalho, foram realizadas entrevistas online, coletadas por meio de entrevistadora contratada, aplicadas a cinco profissionais plantonistas do Centro Obstétrico do HU FURG. Análise: A análise de dados foi realizada a partir da análise temática de Barun e Clarke, a da gravação e transcrição das entrevistas, pré-análise com leitura superficial e organização inicial do material, leitura com profundidade, exploração, codificação dos dados, tratamento dos dados e interpretação. Resultados: Foi possível identificar cinco categorias 1. Compreensão da humanização no contexto obstétrico; 2. A visão dos profissionais em relação ao trabalho da doula; 3. Doula como embasamento científico; 4. Entrada das doulas no hospital e a lei e 5. Barreiras que os profissionais da saúde percebem em relação à atuação das doulas no contexto hospitalar. Discussão: Discussão: A visão dos profissionais a respeito da atuação da doula evidenciou benefícios ao trabalho do de parto da gestante. As profissionais também demonstraram que reconhecem as evidências científicas que demonstram que a doula auxilia as mulheres e dão sustentação à humanização do nascimento, entretanto os profissionais relatam que as doulas não entram no hospital e ocorrem barreiras para 7 sua atuação, como o fato de as doulas atuarem de forma remunerada dentro da instituição, o que supostamente fere ao princípio de equidade do SUS e a confusão de papéis que envolve a atuação das doulas, muitas vezes tratadas como acompanhantes das parturientes. Descritores: Doula; Hospital; Acompanhamento; Estudo de caso; Profissionais de saúde. 

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  • Dissertação - Gabriella Friaca De Oliveira

    MÃES DE NATIMORTOS: LUTO, IMPACTO PSICOSSOCIAL E ENFRENTAMENTO

    Autor: GABRIELLA FRIAÇA DE OLIVEIRA (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Analisar o estado de luto das mães de bebês natimortos, o impacto psicossocial e as estratégias de enfrentamento delas após o óbito fetal. População alvo: Mães de natimortos atendidas nas duas maternidades do município de Rio Grande, com idade igual ou superior a 18 anos, que participaram do estudo “Inquérito Perinatal em Rio Grande/RS” no ano de 2019 e que responderam não à pergunta do inquérito “o seu filho nasceu vivo?”. Foram identificadas 20 mulheres, sendo 15 mães de natimortos elegíveis para o estudo. Delineamento: Transversal. Desfecho: Estado de luto, impacto psicossocial e estratégias de enfrentamento das mães de natimortos. Análise: Os dados obtidos foram submetidos a diferentes técnicas de análise. Os dados coletados nas escalas seguiram as orientações de análise dos autores responsáveis pela validação dos instrumentos no Brasil. Os dados resultantes da entrevista em profundidade compuseram um corpus que foi submetido a análise temática e, após a leitura exaustiva, códigos foram gerados e um mapa temático foi desenvolvido. A triangulação dos dados coletados ocorreu durante a interpretação e análise dos resultados buscando compreender as convergências, combinações e diferenças entre os achados das escalas e do mapa temático. Resultados: Três mães apresentaram luto complicado identificado na aplicação da Escala de Luto Perinatal. Quatro temas emergiram na análise temática das entrevistas: (a) descoberta da perda; (b) atendimento; (c) impacto psicossocial e (d) estratégias de enfrentamento. Culpa, ansiedade, depressão e luto não legitimados são danos observados nas mães após o natimorto. Os tipos de coping predominantes nas mães a partir BriefCOPE foram religião, reinterpretação positiva, auto culpa, aceitação, coping ativo, suporte emocional, auto distração, expressão de sentimento, planejamento e suporte instrumental. Conclusão: É possível concluir que o natimorto tem impacto negativo sobre as mães. O atendimento revela a inexistência de um protocolo e sugere que o apoio está condicionado a sensibilidade da equipe. O despreparo para noticiar o natimorto e conduzir o atendimento pós perda pode prejudicar a construção de estratégias de 8 enfrentamento. Conhecer a extensão dos danos causados por um natimorto pode contribuir para políticas de saúde pública e protocolos de atendimento para as mães que perderam seus bebês. Descritores: luto materno, natimorto, impacto, enfrentamento

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  • Dissertação - Ingrid Moura Dias

    SONO E SINTOMAS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM MULHERES NO PÓS-PARTO IMEDIATO: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NO SUL DO BRASIL

    Autor:  INGRID MOURA DIAS (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: verificar a associação entre características do sono (cronotipo, latência, inércia e duração) e a chance de apresentar sintomas depressivos e ansiosos em mulheres no pós-parto imediato. Delineamento: estudo transversal de base populacional realizado a partir do inquérito perinatal de 2019 da cidade de Rio Grande, RS. População alvo: todas mulheres cujos filhos nasceram vivos em 2019, em alguma das duas maternidades do município onde ocorrem 99,5% dos partos. Desfecho: sintomas depressivos, avaliados utilizando a Escala de Depressão PósParto de Edimburgo, e sintomas ansiosos, utilizando a Escala General Anxiety Disorder 7-item. Análise estatística: Foram calculadas prevalências de depressão e ansiedade para a população total. Médias e prevalências das características do sono foram calculadas conforme operacionalização da variável. Para verificar diferenças entre os grupos, foram utilizados testes bivariados e, finalmente, regressões logísticas para avaliar o efeito das características do sono sobre a saúde mental. Os modelos incluíram caraterísticas socioeconômicas como variáveis de ajuste. Resultados: 2.314 mães responderam ao questionário geral. Dessas, foram analisadas 2.277 para sintomatologia depressiva e 2.307 para ansiosa. A prevalência de sintomas depressivos na amostra foi de 13,7% e de sintomas ansiosos foi 10,7%. Puérperas de cronotipo vespertino (p=0,015), latências maiores de 10 minutos e inércias maiores de 30 minutos (p<0,001) associaram-se a sintomas depressivos, aumentando as chances desses ocorrerem, enquanto que a duração do sono (p=0,004) associou-se a uma diminuição de chances para sintomas de depressão. A associação do sono com sintomatologia ansiosa se deu apenas nas puérperas com latência intermediária (11 a 30 minutos; p<0,001), inércia intermediária em dias livres (p<0,001) e inércia com mais de 30 minutos em dias de trabalho (p=0,019). A maior prevalência de sintomas de depressão (20,43%) e de ansiedade (16,87%) foi encontrada entre aquelas mulheres que demoravam mais de 30 minutos para sair da cama em dias de trabalho. Conclusão: conclui-se que latência e inércia do sono associam-se a depressão e ansiedade, e que cronotipo e duração do sono associam-se a depressão. Inércia de mais de 30 minutos em dias de trabalho mostrou ser um importante marcador para esses transtornos e merece melhor atenção nas avaliações e intervenções em saúde. Descritores: sintomas de ansiedade, sintomas de depressão, parâmetros de sono, puérperas, perinatal. 

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  • Dissertação - Jeane Da Costa Dutra

    PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL NO EXTREMO SUL DO BRASIL

    Autor:  JEANE DA COSTA DUTRA (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Descrever a prevalência de depressão e seus fatores associados em TécnicosAdministrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal do Rio Grande – RS, Brasil. População alvo: Técnicos-Administrativos em Educação da Universidade Federal do Rio Grande – RS, Brasil. Delineamento: Estudo transversal de base populacional. Desfecho: Depressão (sintomas de episódio depressivo maior), rastreado através do instrumento Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Processo amostral: A amostragem foi feita de forma estratificada por unidades acadêmicas e administrativas da universidade. O cálculo de tamanho de amostra estimou um N de 307 participantes. Análise: A análise dos dados foi realizada no software Stata® 14.0. Foi adotado o nível de significância de 5%. Um modelo hierárquico de análise foi utilizado para o controle de fatores de confusão. Após análise descritiva, foi realizada análise multivariada com regressão de Poisson, considerando um p<0,20 para as variáveis permanecerem no modelo, através do método backward. Resultados: O estudo contou com 340 participantes. A prevalência de depressão foi 37,1%. O risco de apresentar sintomas depressivos foi maior em pessoas do sexo feminino (RP = 1,52; IC95% 1,11 - 2,08), fumantes (RP = 1,62; IC95% 1,11 – 2,35) e com estresse alto no trabalho (RP = 1,50; IC95% 1,04 – 2,17). Maior categoria de idade (RP = 0,37; IC95% 0,20 – 0,67) e ter uma crença religiosa (RP = 0,71; IC95% 0,54 – 0,92) foram considerados fatores de proteção. Conclusão: Estes achados corroboram com a tendência mundial do impacto progressivo da depressão na vida das pessoas, incluindo os prejuízos no trabalho, como baixo rendimento 8 e afastamento. É importante a continuidade de estudos nessa população, pois esse tipo de estudo é escasso no país. Descritores: depressão; trabalhadores; setor públicos; saúde mental; estudo transversal

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  • Dissertação - Lisiane Dias da Cruz

    Uso de drogas ilícitas entre estudantes de graduação no sul do Brasil: aumento na prevalência entre 2015 e 2019 e o papel da migração acadêmica.

    Autor: Lisiane Dias da Cruz (Currículo Lattes)

    Dissertação - Lisiane Dias da Cruz

  • Dissertação - Lizandra Barreto Pereira

    ASSÉDIO MORAL E FATORES ASSOCIADOS ENTRE TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO

    Autor: Lizandra Barreto Pereira (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Identificar a prevalência e a média de assédio moral e fatores associados em TAEs da FURG.

    População alvo: Técnicos-Administrativos em Educação da Universidade Federal do Rio Grande - RS, Brasil.

    Delineamento: Estudo transversal.

    Desfecho: Assédio moral, rastreado pelo Questionário de Atos Negativos - NAQ-R; Ansiedade, rastreada pelo General Anxiety Disorder-7 (GAD-7); Depressão, rastreado através do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9); Estresse, rastreado através da Job Stress Scale e Risco de Suicídio, rastreado com o Mini International Neuropsychiatric Interview.

    Processo amostral: A amostragem foi feita de forma estratificada por unidades acadêmicas e administrativas da universidade. O cálculo de tamanho de amostra estimou um N de 307 participantes.

    Análise: A análise dos dados foi realizada no software Stata® 15.1. Foi utilizada a Regressão Linear Simples e Múltipla e modelo hierárquico conceitual de análise. O nível de significância para manutenção das variáveis no modelo ajustado foi de 20%. Para análise das variáveis de saúde mental, a variável de assédio moral foi utilizada como exposição para os seguintes desfechos: ansiedade, depressão, risco de suicídio e estresse. Para isso, foi utilizada a Regressão Logística binária com ajuste para o efeito dos fatores associados (p<0.05) e fatores de confusão (p<0.2) do assédio moral e para o efeito de todos os desfechos concomitantemente.

    Resultados: A prevalência de assédio moral foi de 29,47%. O risco de sofrer assédio moral foi maior em indivíduos com maior idade (3.52, IC95% -4.21; -0.23), com cor da pele preta, parda ou amarela (3.03, IC95% 0.69; 5.37), obesos (3.33, IC95% 1.09; 5.56) e que trabalham fora do expediente (1.92 IC95% 0.26; 3.59). Ainda, o assédio moral mostrou-se significativamente associado ao desenvolvimento de ansiedade (1.07, IC95% 1.03; 1.012), depressão (1.09, IC95% 1.04; 1.14), risco de suicídio (1.08, IC95% 1.03; 1.012) e estresse (1.07, IC95% 1. 03; 1.12).

    Conclusão: O assédio moral no trabalho impacta não somente na vida pessoal das vítimas, mas também traz prejuízos às organizações e famílias dos envolvido. Tendo em vista a alta prevalência de assédio moral na amostra estudada, espera-se que os resultados obtidos possam contribuir no planejamento de ações de combate e prevenção do assédio moral no trabalho.

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