Dissertação - Larissa Picanço Pinheiro

  • A carga da incontinência urinária entre idosos de uma coorte no extremo sul do Brasil

     

    Autor: Larissa Picanço Pinheiro (Currículo Lattes)

     

    Resumo

     

    Objetivo: Comparar as prevalências da incontinência urinária(IU) do estudo linha de base em 2017 e do primeiro acompanhamento em 2018 da coorte de idosos EpiRural e descrever as características conforme as variáveis independentes e estratificando por sexo. Método: Estudo longitudinal realizado com 823 idosos com 60 anos ou mais, para o rastreamento da IU utilizou-se três perguntas com respostas sim ou não sobre a ocorrência. Foi considerado incontinente o idoso que respondeu "sim" a uma das perguntas. Foram coletadas informações sobre sexo (feminino/masculino), idade em anos e posteriormente operacionalizada em três categorias (60-64/65-74/75 ou mais), tabagismo (nunca fumou/ex fumante/fumante), consumo de álcool na última semana (sim/não), auto percepção de saúde, coletada em quatro categorias e posteriormente dicotomizada (boa ou muito boa/regular, ruim ou muito ruim), índice de massa corporal (IMC) kg/m² categorizada em eutrófico (18.5 a 24.9), sobrepes o(25 a 29.9) e obesidade (acima de 30). A variável morbidades foi criada a partir do autorrelato de acidente vascular cerebral, diabetes, hipertensão arterial, câncer e doença renal e posteriormente operacionalizada em três categorias (nenhuma/ uma/duas ou mais). A comparação das prevalências de IU nos períodos analisados foi realizada através da regressão de Poisson com variância robusta para estimar as razões de prevalências (RP) e os respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados: As prevalências da IU aumentaram em 2018 quando comparadas a 2017 em todas as características avaliadas. As maiores prevalências foram entre idosos com 75 anos ou mais, do sexo feminino, obesos, com autopercepção de saúde negativa e com duas ou mais morbidades. O maior aumento proporcional ocorreu entre os grupos cuja carga era menor, particularmente, a probabilidade de ter IU em 2018 quando comparada a 2017 praticamente dobrou entre os homens, idosos com 60 a 64 anos, ex fumantes, consumidores de álcool na última semana, eutróficos e naqueles com uma morbidade. Conclusão: Os resultados encontrados são uma contribuição original ao estudo da ocorrência dos sintomas da IU entre idosos rurais e identificamos que os sintomas progrediram rapidamente em um curto intervalo de tempo, sendo esta uma condição frequente que pode ser prevenida ou atenuada com medidas comportamentais.

     

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