Publicações de 2022

  • Dissertação - Daniela Braga de Azambuja

    PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE E FATORES ASSOCIADOS EM CIRURGIÕES-DENTISTAS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

    Autor: Daniela Braga de Azambuja (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Avaliar os sintomas depressão e ansiedade e fatores associados em cirurgiões- dentistas que atuam nos serviços de Atenção Primária no Brasil (APS) durante o segundo ano da pandemia de COVID-19. População alvo: Cirurgiões-dentistas atuantes nas Unidades Básicas de Saúde do Brasil durante a pandemia de COVID-19. Delineamento: Estudo Longitudinal. Desfecho: O desfecho do estudo foi sintomas de depressão e ansiedade medidos pela Escala de Ansiedade e Depressão (DASS-21) que avalia os estados emocionais de depressão, ansiedade e estresse durante a última semana. Processo amostral: Foram realizados dois acompanhamentos: o estudo de base entre julho e agosto de 2020 durante a primeira onda de COVID-19 e o primeiro acompanhamento realizado entre 21 de novembro a 22 dezembro de 2021 quando mais de 60% da população brasileira já tinha recebido as duas doses da vacina contra a COVID- 19. Os dados analisados no presente estudo fazem parte do primeiro acompanhamento. Foram enviados 720 e-mails para os cirurgiões-dentistas contendo o link do questionário autoaplicável online, a partir da plataforma Google® Forms. Foram realizadas as mesmas perguntas dos diferentes blocos temáticos do estudo de base e incluídos mais dois blocos sobre teleodontologia e saúde mental. Os dados do presente estudo foram analisados por meio do pacote estatístico Stata® 12.0. Análises: Foram realizadas as análises descritivas por meio de frequências relativas e absolutas, médias, mediana e desvio padrão e análises bivariadas baseados nos testes Mann-Whitney e Kruskal Wallis. Após foi realizado uma análise multivariável utilizando a regressão de Poisson bruta e ajustada na qual foram calculadas as razões de média com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Foram avaliados 415 cirurgiões-dentistas. Os resultados mostraram que ter mais idade e o sentimento de segurança para realizar os atendimentos odontológicos foram fatores associados aos menores escores tanto dos sintomas de depressão como de ansiedade. A disponibilidade de EPI foi associada com os menores escores de sintomas de depressão. Conclusão: A idade, o sentimento de segurança em realizar os atendimentos odontológicos e disponibilidade de EPI foram associados à saúde mental dos cirurgiões-dentistas que atuam na APS no Brasil. Os resultados do presente estudo podem auxiliar os gestores de saúde do Brasil no desenvolvimento de propostas do cuidado da saúde mental dos profissionais de saúde que atuam na APS, em especial os cirurgiões-dentistas, após período pandêmico.

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  • Dissertação - Flora Beatriz Proiette Terribele

    FATORES REPRODUTIVOS ASSOCIADOS À DEPRESSÃO PERINATAL EM MULHERES NO PÓS-PARTO PRECOCE NO EXTREMO SUL DO BRASIL

    Autor: Flora Beatriz Proiette Terribele (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Avaliar a prevalência de depressão perinatal (DP) e analisar a associação com fatores reprodutivos (paridade, número de gestações, aborto espontâneo e natimorto) em mulheres no pós-parto precoce. Métodos: Estudo Transversal, com amostragem do tipo censo. Recrutou-se todas as puérperas elegíveis nas duas maternidades do município de Rio Grande-RS. Foi feito a análise bivariada pelo qui-quadrado e análise bruta e ajustada pela regressão de Poisson, adotando um valor p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: A prevalência de depressão perinatal foi de 13,1%. Mulheres que tiveram mais de um parto (RP=1,05, IC95%=1,02-1,08 p=0,002) e mulheres que engravidaram de duas a quatro vezes (RP=1,05, IC95%=1,02-1,08, p=0,001) e cinco vezes ou mais (RP=1,09, IC95%=1,02-1,17, p=0,001) apresentaram maior prevalência de DP do que aquelas que pariram e estiveram grávidas pela primeira vez. História de aborto espontâneo (p=0,611) e natimorto (p=0,405) não apresentaram associação com DP. Conclusão: Mulheres que já haviam engravidado e parido mais de uma vez tiveram maior prevalência de DP do que aquelas que engravidaram e pariram pela primeira vez. Este estudo reduz lacunas na literatura sobre depressão perinatal em mulheres no pós-parto precoce e reforça a necessidade de implementação de políticas públicas de saúde mental para gestantes e puérperas.

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  • Dissertação - Larissa Picanço Pinheiro

    A carga da incontinência urinária entre idosos de uma coorte no extremo sul do Brasil

     

    Autor: Larissa Picanço Pinheiro (Currículo Lattes)

     

    Resumo

     

    Objetivo: Comparar as prevalências da incontinência urinária(IU) do estudo linha de base em 2017 e do primeiro acompanhamento em 2018 da coorte de idosos EpiRural e descrever as características conforme as variáveis independentes e estratificando por sexo. Método: Estudo longitudinal realizado com 823 idosos com 60 anos ou mais, para o rastreamento da IU utilizou-se três perguntas com respostas sim ou não sobre a ocorrência. Foi considerado incontinente o idoso que respondeu "sim" a uma das perguntas. Foram coletadas informações sobre sexo (feminino/masculino), idade em anos e posteriormente operacionalizada em três categorias (60-64/65-74/75 ou mais), tabagismo (nunca fumou/ex fumante/fumante), consumo de álcool na última semana (sim/não), auto percepção de saúde, coletada em quatro categorias e posteriormente dicotomizada (boa ou muito boa/regular, ruim ou muito ruim), índice de massa corporal (IMC) kg/m² categorizada em eutrófico (18.5 a 24.9), sobrepes o(25 a 29.9) e obesidade (acima de 30). A variável morbidades foi criada a partir do autorrelato de acidente vascular cerebral, diabetes, hipertensão arterial, câncer e doença renal e posteriormente operacionalizada em três categorias (nenhuma/ uma/duas ou mais). A comparação das prevalências de IU nos períodos analisados foi realizada através da regressão de Poisson com variância robusta para estimar as razões de prevalências (RP) e os respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados: As prevalências da IU aumentaram em 2018 quando comparadas a 2017 em todas as características avaliadas. As maiores prevalências foram entre idosos com 75 anos ou mais, do sexo feminino, obesos, com autopercepção de saúde negativa e com duas ou mais morbidades. O maior aumento proporcional ocorreu entre os grupos cuja carga era menor, particularmente, a probabilidade de ter IU em 2018 quando comparada a 2017 praticamente dobrou entre os homens, idosos com 60 a 64 anos, ex fumantes, consumidores de álcool na última semana, eutróficos e naqueles com uma morbidade. Conclusão: Os resultados encontrados são uma contribuição original ao estudo da ocorrência dos sintomas da IU entre idosos rurais e identificamos que os sintomas progrediram rapidamente em um curto intervalo de tempo, sendo esta uma condição frequente que pode ser prevenida ou atenuada com medidas comportamentais.

     

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  • Dissertação - Rinelly Pazinato Dutra

    Práticas corporais e atividades físicas desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde no Brasil entre 2013 e 2021

    Autor: Rinelly Pazinato Dutra (Currículo Lattes)

    Resumo

    Objetivo: Mapear os registros de práticas corporais e atividades físicas (PCAF) desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde (APS) entre os anos de 2013 e 2021. Método: Estudo transversal e descritivo, utilizando dados de PCAF armazenados na plataforma do Sistema de Informação à Saúde da Atenção Básica (SISAB). Foram apresentados os registros das PCAF ano a ano em valores absolutos e relativos nos estados, regiões e no país. Também foi analisada a distribuição destes registros de acordo com o tipo de equipe de saúde e o público alvo das ações. Complementarmente foi analisada a correlação entre estes registros e os dados de cobertura de Saúde da Família (SF) e do Índice de Desenvolvimento Humano. Resultados: Foram registradas 2.664.288 ações de PCAF nacionalmente em todo o período. Houve crescimento de 19.977,5% nos registros entre 2013 e 2019, mas a partir de 2020 e a pandemia de Covid-19, estes caíram 75,5%. As regiões que mais registraram PCAF foram o Sudeste e Nordeste, e os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Goiás e Santa Catarina. As ações de PCAF foram direcionadas principalmente à comunidade em geral, mulheres, idosos e pessoas com doenças crônicas. As equipes de saúde com maiores registros foram as do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e de Saúde da Família. Também foi observada uma correlação positiva entre as PCAF e a cobertura de SF, com coeficientes entre p=0,39 e p=0,53. Conclusão: Houve crescimento expressivo nos registros de PCAF entre os anos de 2013 e 2019, porém a partir do ano de 2020 e atrelado ao período pandêmico, houve importante redução. A distribuição das ações ainda é desigual em âmbito estadual e regional, o que tornam necessárias estratégias intersetoriais de fomento às políticas públicas e fortalecimento das PCAF e da promoção da saúde no SUS.

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