Dissertação - Fernanda De Castro Silveira

PREVALÊNCIA DE MARCADORES DE CONSUMO ALIMENTAR NAS MULHERES DA ZONA RURAL NO EXTREMO SUL DO BRASIL

Autor: FERNANDA DE CASTRO SILVEIRA (Currículo Lattes)

Resumo

Objetivo: Descrever a prevalência da ingestão de alimentos marcadores de consumo alimentar saudável e não saudável e sua associação com fatores socioeconômicos, demográficos, comportamentais e de saúde. População alvo: Mulheres da área rural em idade fértil de 15 a 49 anos de idade. Delineamento: Estudo transversal, de base populacional, com mulheres da zona rural do município de Rio Grande, RS, Brasil. Desfecho: Consumo alimentar saudável e não saudável. O desfecho foi coletado através do questionário de marcadores de consumo alimentar do Ministério da Saúde. Processo amostral: O processo de amostragem foi sistemático para selecionar 80% das mulheres da zona rural. Este processo foi realizado através do sorteio de um número de 1 a 5 que correspondeu ao domicílio considerado excluído. Análises: Foi utilizado a regressão de Poisson para a análise bruta e ajustada. Resultados: Foram analisados dados de 963 mulheres entre abril e outubro de 2017. Em relação aos marcadores saudáveis, os indicadores mostraram os seguintes percentuais de consumo no dia anterior: feijão 71,2% (IC 95% 68,3 a 74,1), frutas frescas 52,9% (IC 95% 49,7 a 56,0) e verduras e/ou legumes 55,1% (IC 95% 51,9 a 58,2). Referente aos marcadores não saudáveis, os indicadores demonstraram: hambúrguer e embutidos 22,5% (IC 95% 19,9 a 25,2), bebidas adoçadas 66,1% (IC 95% 63,1 a 69,1), macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados 19,9% (IC 95% 17,4 a 22,4) e biscoitos recheados, doces ou guloseimas 35,5% (IC 95% 32,4 a 38,5). A classificação econômica foi estatisticamente significativa para os marcadores alimentares saudáveis, para o consumo de feijão foi a menor classe e para frutas e verduras/legumes a maior classe. Destaca-se que a menor faixa etária, entre 15 e 19 anos, foi a categoria da variável idade que associou-se de forma significativa mais frequentemente aos marcadores alimentares não saudáveis, ao maior consumo de hambúrguer ou embutidos e de bebidas adoçadas. Conclusões: O consumo alimentar na população do estudo apresentou prevalências satisfatórias dos alimentos saudáveis. Em relação aos alimentos não saudáveis, embora o ideal seja que não houvesse consumo, as prevalências não podem ser consideradas elevadas. Estes resultados podem ser úteis nas ações de saúde. Descritores: Alimentação; Consumo de alimentos; Mulheres; População rural. 

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