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Fatores associados à exposição aos smartphones e tablets em crianças de 24 meses em uma cidade no extremo sul do país
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Autora: Nicoli Bravo Trindade (Currículo Lattes)
Resumo
Objetivo: Avaliar os fatores associados a exposição aos smartphones e tablets em crianças com 24 meses de idade na cidade de Rio Grande - RS. População alvo: Crianças com 24 meses de idade, residentes na cidade de Rio Grande - RS. Delineamento: Estudo transversal. Desfecho: Exposição a smartphones e tablets, em horas por dia. Processo amostral: As coletas ocorreram majoritariamente de forma remota. As ligações telefônicas começaram em outubro de 2023 e foram até dezembro de 2024, de segunda a sexta das 8 horas às 20 horas e sábados das 8 horas às 12 horas, com duração média de 40 a 50 minutos cada. Caso o contato não fosse estabelecido durante o mês correspondente ao do nascimento da criança, uma visita domiciliar seria realizada. Análise: Para a análise descritiva, utilizamos média e desvio-padrão para as variáveis numéricas, e distribuição de frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas. A normalidade das variáveis numéricas foi testada por meio do teste de Shapiro-wilk, skewness e kurtosis. As análises bruta e ajustada foram realizadas através de regressão de Poisson, utilizou-se o modelo de BacKward Stepwise, p< 0,20. Foram utilizados como significância estatística valores de p< 0,05. As análises foram realizadas no software STATA MP. Versão 16.0. Resultados: Cerca de 40,70% das crianças com 24 meses de idade estavam expostas aos smartphones e tablets por até 2 horas/dia. Na análise ajustada, escores mais elevados de consumo de alimentos não saudáveis aumentam a prevalência do desfecho (RP= 1,16; IC95%= 1,08;1,25 - p< 0,001), enquanto crianças de cor de pele preta/parda/amarela apresentaram menor prevalência de exposição aos smartphones e tablets (RP= 0,80; IC95%= 0,65;0,99 - p 0,039), baixa renda familiar associou-se a menor prevalência de exposição (RP= 0,95; IC95%= 0,90; 0,99 - p 0,036), bem como, maiores escores de interações com adultos na última semana, reduziram a prevalência da exposição aos smartphones e tablets (RP= 0,94; IC95%= 0,89; 0,99 - p 0,029). Conclusão: Os resultados evidenciam disparidades sociodemográficas e comportamentais na exposição infantil. Nossos achados podem contribuir na implementação de políticas que busquem o uso apropriado dos smartphones/tablets e cuidados na saúde infantil.
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