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Prevalência de depressão e sua associação com uso problemático de smartphones e o possível efeito mediador das redes sociais entre estudantes de graduação
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Autor: Thales Rodrigues de Almeida (Currículo Lattes)
Resumo
Objetivo: Estudantes universitários também estão mais vulneráveis à dependência do smartphone e desfechos negativos de saúde mental. Portanto, o objetivo deste estudo é investigar a prevalência de depressão e sua associação com o uso problemático de smartphones, bem como o possível papel mediador do uso de redes sociais nessa associação, entre estudantes de graduação. Método: Estudo transversal com amostragem por conglomerados de alunos com idade superior a 18 anos da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). As variáveis investigadas são depressão (PHQ-9), uso problemático de smartphone (SAS-SV), uso de redes sociais e variáveis sociodemográficas. Foram conduzidas as análises descritivas, bivariadas, multivariadas e análise de equações estruturais. Resultados: Identificou-se o uso problemático de smartphone associado à depressão (p<0,001; 1,27-1,73), assim como ser do sexo feminino (p<0,001; 1,30-1,81), ter orientação sexual de minorias (p<0,001; 1,14-1,50) e estar insatisfeito com o curso (p<0,001; 1,41-2,02). Maior renda apresentou ser fator protetor para sintomas depressivos (p<0,001; 0,59-0,85). O Instagram faz a mediação de 7,9% do efeito entre uso problemático de smartphone e depressão, enquanto o Tiktok medeia 5,6%. Conclusões: Os achados destacam a associação entre uso problemático de smartphones e depressão em universitários, parcialmente mediada pelo Instagram e TikTok. Estratégias preventivas e intervenções focadas no uso saudável das redes sociais podem mitigar impactos negativos e promover o bem-estar psicológico. Este estudo possui limitações, como possíveis viés de seleção, informação e sobrevivência.
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