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OPORTUNIDADES PERDIDAS PARA RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO UTERINO DURANTE O PRÉ-NATAL EM RIO GRANDE, RS
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Autor: Fernanda Santos Diniz (Currículo Lattes)
Resumo
Objetivo: Estudar a ocorrência de oportunidades perdidas para rastreamento do câncer de colo uterino entre puérperas que tiveram filho no município de Rio de Grande, RS, em 2019. População alvo: Puérperas com idade entre 25 anos ou mais, que tiveram filho nascido vivo nas duas únicas maternidades locais entre 01/01 a 31/12 do ano de 2019 e ter realizado pelo menos uma consulta de pré-natal. Delineamento: Estudo censitário com abordagemtransversal. Desfecho: Oportunidades perdidas para o rastreamento do câncer de colo de útero. Processo amostral: censitário, incluindo todas as puérperas com 25 anos ou mais que tiveram filhos nas duas únicas maternidades locais entre 01/01 a 31/12 de 2019. Estas foram abordadas em até 48h após o parto por entrevistadoras devidamente treinadas. Análise estatística: Primeiramente foi realizada a categorização das variáveis inicialmente numéricas. Posteriormente análise univariada, seguida da análise multivariável em que foi aplicado a regressão de Poisson para análise bruta e ajustada, a razão de prevalência foi utilizada como medida de ocorrência. Tanto o nível de significancia quanto o intervalo de confiança foram de 95%. Para análise da associação das variáveis independentes com o desfecho foi considerado o valor de p<0,05. Resultados: O estudo contou com uma amostra de 1.349 mulheres. A faixa etária mais prevalente entre foi de 25 a 29 anos (38,9%). Cor da pele branca (78,1%), escolaridade entre 5 a 8 anos estudados(46,3%) e renda entre 1 a 1,9 salários mínimos (44,2%) foram as características sociodemográficas mais citadas. As opotunidades para realização do CP foram perdidas em 296 (21,9%) mulheres. A análise bruta mostrou associação significativa entre todas as variáveis analisadas com a não realização do CP, porém após análise ajustada, cor da pele, renda familiar, ter companheiro trabalhando, número de 7 gestações, trabalho remunerado durante a gravidez e consumo de bebida alcoólica não apresentaram associação significativa com a prática de não fazer do CP durante o prénatal. Conclusão: A prevalência de mulheres que perderam a oportunidade de realizar o exame CP durante a gravidez foi elevada, visto que todas realizaram ao menos uma consulta de pré-natal e 21,9% mantiveram-se sem nunca ter feito o citopatológico.
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